Está decidido! Eu e o meu pequenote ficamos cá por Portugal e o meu marido vai agora no final deste mês (ou inicio de Outubro, data ainda por confirmar). Depois ele virá no Natal e em Janeiro iremos todos juntos.
Foi uma decisão dolorosa, que nos está a custar imenso, não só pelo facto de ficarmos separados por uma enorme distância durante uns tempos, mas principalmente pela existência do nosso "bem mais precioso". Sei que este filme tem sido vivido por muitas famílias portuguesas nestes ultimos tempos, e que passam por situações bem piores que esta. Felizmente o meu caso não é dramático nem nada que se pareça. É uma mudança para melhor (espero eu!). Por isso eu não me estou a queixar, não senhor. Foi uma decisão nossa e continuo a achar que foi a melhor decisão. Vamos porque queremos ir mesmo, não estávamos com a corda na garganta nem nada parecido, apenas estamos desiludidos com Portugal e com todos os roubos que nos têm feito. Não achamos justo! Por isso, como já aqui postei anteriormente, decidimos ir embora á procura de uma vida tranquila, onde somos valorizados pelo trabalho que desempenhamos, onde trabalhamos e chegamos ao final do mês e recebemos o ordenado sem cortes, ou melhor, sem roubos! Onde posso chegar ao fim de semana e ir passear, almoçar fora, ir a locais diferentes, chegar á altura de férias e fazer viagens, passar uns dias num resort, enfim, aproveitar a vida. É isto mesmo, aproveitar a vida, já que ela é tão curta e nos dá tantos dissabores! É assim que vejo a vida, tem que ser aproveitada mesmo!
Portanto, foi uma decisão difícil de tomar com o coração, mas fácil de tomar com a cabeça. Pela lógica, pelo facilitismo, e até por segurança, é melhor assim. Estando lá uns tempos, o P. pode orientar o que há e o que não há em casa, principalmente por causa do nosso pequenote. Assim ele providencia as coisas essenciais (por exemplo, uma trituradora para as sopas do M., uma caminha para o M., etc etc) e tambem já conhece melhor os locais. Não corremos o risco de lá chegar depois de uma viagem longa e não saber onde ir comer, não ter água engarrafadá em casa, e não saber bem onde ir comprar ou até já serem horas do comércio estar fechado e não ter alguma coisa essencial á mão. Sem conhecer bem as coisas ia ser um risco, não por nós adultos mas sim pelo M. que ainda é tão pequenino. Depois temos outra questão que é o facto de termos duas gatinhas. Não sabíamos o que fazer (elas ficam connosco isso é mais que obvio!). Se iamos levá-las já ou se iamos levá-las depois, isto porque eu não sabia se a empregada que está lá na casa de Moçambique iria ter disponibilidade para tratar das gatinhas durante os tempos em que vimos a Portugal. Ora, desta forma, indo o P. primeiro, conseguirá saber isso e assim já podem ir connosco de uma forma mais segura. Ah, e ainda existia a questão dos vistos, claro!
Enfim, por estas e outras questões que ainda não mencionei aqui, o P. vai primeiro! Orienta lá as coisinhas e depois vamos todos em Janeiro. Pensamento positivo: são pouco mais de 2 meses... passa num instante verdade???
Apesar de ser pior por um lado, sinto-me mais tranquila e segura por outro, depois de termos tomado esta decisão.
Sim, sou aventureira, mas não gosto de correr riscos desnecessários quando existe um principezinho tão vulnerável!